Governador recorre para manter terceirização do Hospital de Picos

Governador recorre para manter terceirização do Hospital de Picos

Welloington Dias recorre contra decisão da justiça. / Foto: José Maria Barros

<div align="justify">O governador Wellington Dias (PT) anunciou que vai recorrer da decis&atilde;o judicial que impede o uso de Organiza&ccedil;&otilde;es Sociais (OSs) para administrar hospitais p&uacute;blicos do Estado. Dentre eles est&aacute; o Hospital Regional Justino Luz, em Picos. O governador afirmou que considera esse o melhor modelo de gest&atilde;o para os hospitais regionais do Piau&iacute;.</div> <div align="justify"><br /> Wellington garantiu ainda que a mudan&ccedil;a n&atilde;o trar&aacute; nenhuma altera&ccedil;&atilde;o nos postos de trabalho e que todos os funcion&aacute;rios continuar&atilde;o trabalhando normalmente sob a nova administra&ccedil;&atilde;o. &quot;Tudo est&aacute; sendo feito com base em lei j&aacute; existente. Estamos tratando sobre isso com seguran&ccedil;a dos empregos e prevendo um bom resultado no atendimento&quot;, justificou.</div> <div align="justify"><br /> Para o governador, a gest&atilde;o por OS tem apresentado bons resultados em outros estados. &Eacute; uma modalidade que tem dado certo em v&aacute;rios estados. &quot;Nosso objetivo &eacute; melhorar os servi&ccedil;os prestados e ter um bom funcionamento dos hospitais&quot;, adiantou Wellington Dias, que ressaltou ainda que nos pr&oacute;ximos dias estar&aacute; recorrendo da decis&atilde;o ao Judici&aacute;rio, porque vai insistir no modelo de gest&atilde;o terceirizada.</div> <div align="justify"><br /> A Justi&ccedil;a proibiu o&nbsp; Governo do Estado de firmar parcerias com Organiza&ccedil;&otilde;es Sociais para gest&atilde;o dos hospitais regionais. A decis&atilde;o foi da&nbsp; ju&iacute;za da 2&ordf; Vara do Trabalho de Teresina, Elisabeth Rodrigues, acatando ao pedido do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Estado.</div> <div align="justify"><br /> A Justi&ccedil;a do Trabalho intimou o Governo do Estado a comprovar, dentro de um prazo de 30 dias, que de fato rescindiu o contrato firmado com a Organiza&ccedil;&atilde;o Social Gest&atilde;o e Humaniza&ccedil;&atilde;o (IGH) para gest&atilde;o do Hospital Regional Justino Luz, em Picos. A decis&atilde;o da ju&iacute;za determinou ainda a pena de multa no valor de R$ 500 mil em caso de descumprimento e mais R$ 10 mil por cada dia de vig&ecirc;ncia do acordo.</div> <div align="justify"><br /> No entendimento da ju&iacute;za, o Estado pretende transferir integralmente para o ente privado a gest&atilde;o da atividade-fim de presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os p&uacute;blicos de sa&uacute;de. Al&eacute;m disso, em seu parecer, ela afirma que o contrato resultaria claramente em fraude a direitos trabalhistas.</div> <p align="justify"><br /> O Hospital Regional de Picos atende cerca de 500 mil habitantes distribu&iacute;dos, em m&eacute;dia, entre 50 cidades circunvizinhas e recebe do governo do estado R$ 800 mil reais de repasse, que &eacute; insuficiente para atender a demanda. O Governo do Estado argumenta que transferir a ger&ecirc;ncia da casa de sa&uacute;de para uma OS &eacute; a forma de solucionar o problema.<br /> <br /> O hospital de Picos &eacute; o primeiro em que o Governo quer implantar a terceiriza&ccedil;&atilde;o. Outros dois hospitais tamb&eacute;m j&aacute; tiveram os seus processo iniciados, o Hospital Dirceu Arcoverde de Parna&iacute;ba e o Hospital Tib&eacute;rio Nunes de Floriano.&nbsp; Mas por&nbsp; recomenda&ccedil;&atilde;o do Tribunal de Contas do Estado, todos os processos de transfer&ecirc;ncia de hospitais para OS no Estado devem ser suspensos.</p>
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