TCE constata que terceirização aumenta custo do Regional

TCE constata que terceirização aumenta custo do Regional

Auditoria comprova aumento de gastos com terceirização do Hospital Regional Justino Luz. / Foto: José Maria Barros

<div align="justify">A Diretoria de Fiscaliza&ccedil;&atilde;o da Administra&ccedil;&atilde;o Estadual (DFAE) do Tribunal de Contas do Piau&iacute; (TCE-PI) finalizou a auditoria no contrato entre Governo do Estado e o Instituto de Gest&atilde;o e Humaniza&ccedil;&atilde;o (IGH) para gerir o Hospital Regional Justino Luz, de Picos (310 quil&ocirc;metros ao sul de Teresina).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O relat&oacute;rio comprovou uma s&eacute;rie de irregularidades que indicam les&atilde;o ao er&aacute;rio e prov&aacute;vel inefic&aacute;cia na presta&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os futuros pelo IGH, uma organiza&ccedil;&atilde;o social (OS) da Bahia especializada em gest&atilde;o de hospitais.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os t&eacute;cnicos tamb&eacute;m apontaram, com base no contrato enviado pela Secretaria Estadual da Sa&uacute;de (Sesapi), que o Estado gastar&aacute; mais com a gest&atilde;o da OS do que com a gest&atilde;o atual. Diante do que foi apurado, os auditores pedem a suspens&atilde;o imediata do contrato com a OS at&eacute; que os v&iacute;cios encontrados no contrato sejam sanados.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O relat&oacute;rio foi apresentado com exclusividade ao Di&aacute;rio do Povo pelo conselheiro Kennedy Barros, que &eacute; o relator da mat&eacute;ria no TCE-PI. Participaram tamb&eacute;m da apresenta&ccedil;&atilde;o, a diretora da DFAE e auditora de controle externo Maria Val&eacute;ria Santos Leal, o chefe da 5&ordf; DFAE, o assessor jur&iacute;dico Enrico Ramos de Moura Maggi e o assessor jur&iacute;dico Jos&eacute; Am&eacute;rico da Costa J&uacute;nior.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Entre as faltas graves apontadas pela equipe da auditoria, est&atilde;o: a aus&ecirc;ncia de comprova&ccedil;&atilde;o de economicidade do contrato para o Estado; falta de detalhamento dos custos dos servi&ccedil;os e procedimentos que ser&atilde;o realizados durante a gest&atilde;o da IGH; falta de transpar&ecirc;ncia no processo por n&atilde;o consulta ao Conselho Municipal de Sa&uacute;de, al&eacute;m de aus&ecirc;ncia de Termo de Ajuste de Gest&atilde;o (TAG) junto ao Tribunal de Contas do Estado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo o assessor jur&iacute;dico Jos&eacute; Am&eacute;rico da Costa J&uacute;nior, uma das falhas preocupantes no contrato com a IGH &eacute; o que chamou de &quot;v&aacute;cuo&quot; de R$ 9 milh&otilde;es. Ele afirma que de acordo com o contrato, al&eacute;m dos R$ 37 milh&otilde;es que anualmente ter&atilde;o de ser repassados pelo Estado para a OS, h&aacute; previs&atilde;o de gastos de R$ 13 milh&otilde;es de acr&eacute;scimo de gastos atrav&eacute;s da dota&ccedil;&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O problema &eacute; que n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de fonte de recursos. Tamb&eacute;m segundo o assessor jur&iacute;dico, al&eacute;m desses valores para manuten&ccedil;&atilde;o e pessoal, o Estado arcar&aacute; com a compra de novos equipamentos, gasto que n&atilde;o inclu&iacute; os R$ 37 milh&otilde;es previstos. Isso indicaria, segundo o relat&oacute;rio, que o Estado gastar&aacute; mais com a gest&atilde;o da OS do que com o gerenciamento de hoje.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">&quot;Pela an&aacute;lise que a gente fez tamb&eacute;m, globalmente, o que est&aacute; parecendo &eacute; que se vai gastar mais com a OS do que atualmente se gasta com a gest&atilde;o do Estado. Ent&atilde;o, eles v&atilde;o realmente ter que procurar recursos, porque eles v&atilde;o manter a folha inteira dos servidores atuais do hospital e h&aacute; previs&atilde;o de contrata&ccedil;&atilde;o de novos servidores, isso a&iacute; vai acarretar aumento de custos atual em rela&ccedil;&atilde;o ao que j&aacute; existe&quot;, afirmou Jos&eacute; Am&eacute;rico J&uacute;nior.</p>
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