Começa contagem regressiva para impeachment de Dilma

Começa contagem regressiva para impeachment de Dilma

Sem forças para reagir ao impeachment Dilma já amarga a solidão do poder. / Foto: Reprodução

<div align="justify">A vota&ccedil;&atilde;o na Comiss&atilde;o de Impeachment do Senado, que vai analisar o afastamento da presidente Dilma Rousseff da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, est&aacute; prevista para o pr&oacute;ximo dia 11. A petista prepara um terreno minado para o vice Michel Temer, que assumir&aacute; a Presid&ecirc;ncia interinamente, com uma agenda voltada para manter a economia sob controle, garantir a governabilidade e isolar o PT e seus aliados. Na ter&ccedil;a-feira, Temer almo&ccedil;ar&aacute; com os governadores do PSDB e o presidente da legenda, senador A&eacute;cio Neves, para garantir a presen&ccedil;a do senador Jos&eacute; Serra (SP) na equipe de governo e, provavelmente, oferecer mais um minist&eacute;rio importante para a legenda.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Enquanto Temer &eacute; o centro das articula&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas do pa&iacute;s, com a agenda do Pal&aacute;cio do Jaburu lotada de audi&ecirc;ncias e reuni&otilde;es com pol&iacute;ticos e empres&aacute;rios, Dilma j&aacute; amarga &agrave; solid&atilde;o do poder. Ontem, a presidente da Rep&uacute;blica foi ao 1&ordm; de Maio da CUT, no Vale do Anhangaba&uacute;, no centro de S&atilde;o Paulo. O ato n&atilde;o contou com a presen&ccedil;a do ex-presidente Luiz In&aacute;cio lula da Silva, que seria a grande estrela do evento. Ao final da tarde, o cerimonial do Pal&aacute;cio do Planalto ainda n&atilde;o sabia a agenda da presidente da Rep&uacute;blica para esta semana, na qual ela pretende anunciar mais um &ldquo;pacote de bondades&rdquo; para agradar a opini&atilde;o p&uacute;blica e desestabilizar o futuro governo interino.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Essas medidas se somar&atilde;o &agrave; prorroga&ccedil;&atilde;o do Programa Mais M&eacute;dicos, &agrave; libera&ccedil;&atilde;o de R$ 100 milh&otilde;es para gastos com publicidade da Presid&ecirc;ncia e outros R$ 80 milh&otilde;es para infraestrutura das Olimp&iacute;adas no Rio. O governo tamb&eacute;m promete liberar todo o or&ccedil;amento da Pol&iacute;cia Federal previsto para o restante do ano, o equivalente a R$ 160 milh&otilde;es. Essas a&ccedil;&otilde;es foram anunciadas em solenidades chapas-brancas cujos participantes s&atilde;o escolhidos a dedo, para aplaudir Dilma e fazer claque contra o &ldquo;golpe&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Blindagem</strong></div> <div align="justify"> <p>&nbsp;</p> <p>No momento, as principais preocupa&ccedil;&atilde;o de Temer s&atilde;o montar a equipe econ&ocirc;mica e garantir apoio pol&iacute;tico para o governo. Ontem, se reuniu com ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, em S&atilde;o Paulo, para concluir a montagem da equipe econ&ocirc;mica e blindar a pol&iacute;tica fiscal, com objetivo de manter a infla&ccedil;&atilde;o sob controle, combater a recess&atilde;o e o desemprego, al&eacute;m de restabelecer a confian&ccedil;a do mercado. N&atilde;o ser&aacute; uma tarefa f&aacute;cil, porque o ministro da Fazenda, N&eacute;lson Barbosa, &eacute; coadjuvante da irresponsabilidade fiscal do governo Dilma.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Temer j&aacute; re&uacute;ne apoio suficiente para garantir uma base confort&aacute;vel na C&acirc;mara. Seus dois maiores problemas s&atilde;o garantir a participa&ccedil;&atilde;o do PSDB no governo, sem deixar que seja contaminado pela luta interna entre os caciques da legenda &mdash; A&eacute;cio, Serra e o governador paulista Geraldo Alckmin &mdash; e enfrentar o problema do Senado, cujo presidente, senador Renan Calheiros (AL), ainda n&atilde;o desembarcou da base do governo. Temer precisar&aacute; do apoio de Renan para aprova&ccedil;&atilde;o definitiva do impeachment e para a cassa&ccedil;&atilde;o do mandato de Dilma Rousseff.</div>
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