Relator dá parecer favorável ao impeachment

Relator dá parecer favorável ao impeachment

Relatório é favorável ao afastamento da "presidente" Dilma. / Foto: Reprodução

<div align="justify">O relator do processo de impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), pede em seu parecer, apresentado nesta quarta-feira, 4, que seja feita a admissibilidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff. O documento est&aacute; <a target="_blank" href="http://www19.senado.gov.br/sdleg-getter/public/getDocument?docverid=47c346fa-199f-4704-9660-8bd7facfee33;1.0">dispon&iacute;vel no site do Senado</a>.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Em face do exposto, a den&uacute;ncia apresenta os requisitos formais exigidos pela legisla&ccedil;&atilde;o de vig&ecirc;ncia, especialmente pela Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, para o seu recebimento. O voto &eacute; pela admissibilidade da den&uacute;ncia, com a consequente instaura&ccedil;&atilde;o do processo de impeachment, a abertura de prazo para a denunciada responder &agrave; acusa&ccedil;&atilde;o e o in&iacute;cio da fase instrut&oacute;ria&quot;, escreveu Anastasia ao fim do relat&oacute;rio, onde revela o seu voto.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Entre as diferentes den&uacute;ncias do pedido dos juristas Miguel Reale Jr. e Jana&iacute;na Paschoal, Anastasia considerou &quot;fatos criminosos&quot; a abertura de cr&eacute;ditos suplementares sem autoriza&ccedil;&atilde;o do Congresso e a contrata&ccedil;&atilde;o ilegal de opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito com institui&ccedil;&atilde;o financeira controlada pela Uni&atilde;o. De acordo com o texto do relator, h&aacute; ind&iacute;cios suficientes de autoria e materialidade para que a presidente responda ao processo de impeachment.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Novas acusa&ccedil;&otilde;es</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;O relat&oacute;rio se limita &agrave;s tipifica&ccedil;&otilde;es de crime que foram autorizadas pela C&acirc;mara, em relat&oacute;rio escrito por Jovair Arantes (PDT-GO). Entretanto, Anastasia considera que, ap&oacute;s instaura&ccedil;&atilde;o do processo, novos fatos podem ser aditados.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Uma vez (e se) instaurado o processo, a denunciada dever&aacute; se defender dos fatos narrados, e n&atilde;o da tipifica&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica proposta na den&uacute;ncia e aceita pela C&acirc;mara dos Deputados&quot;, escreveu ele, ponderando que os julgadores - no caso, os senadores - podem alterar a tipifica&ccedil;&atilde;o de crime e propor uma classifica&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica diferente.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">At&eacute; as v&eacute;speras da entrega do relat&oacute;rio, Anastasia sofreu press&atilde;o dos pr&oacute;prios colegas do PSDB para inserir em seu relat&oacute;rio den&uacute;ncias relacionadas &agrave; Lava Jato. Em uma estrat&eacute;gia de manter um relat&oacute;rio t&eacute;cnico, o tucano preferiu n&atilde;o inserir em seu parecer qualquer men&ccedil;&atilde;o &agrave; investiga&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Entretanto, com o entendimento de que &eacute; poss&iacute;vel que, ao longo da fase de instru&ccedil;&atilde;o probat&oacute;ria, outros fatos sejam inclu&iacute;dos no processo, Anastasia abre espa&ccedil;o para que a oposi&ccedil;&atilde;o abra novas acusa&ccedil;&otilde;es contra a presidente.</div> <div align="justify"> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Cr&iacute;tica</strong></p> </div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify">O senador tamb&eacute;m aproveitou o relat&oacute;rio para criticar a presidente Dilma por chamar o processo de golpe. &quot;Cabe refutar as insistentes e irrespons&aacute;veis alega&ccedil;&otilde;es, por parte da denunciada, de que este processo de impeachment configuraria um &quot;golpe&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em primeiro lugar, nunca se viu golpe com direito a ampla defesa, contradit&oacute;rio, com reuni&otilde;es &agrave;s claras, transmitidas ao vivo, com direito &agrave; fala por membros de todos os matizes pol&iacute;ticos, e com procedimento ditado pela Constitui&ccedil;&atilde;o e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).&quot;</div>
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