Renan ignora Maranhão e prossegue com impeachment de Dilma

Renan ignora Maranhão e prossegue com impeachment de Dilma

Presidente do Senado ignora Maranhão e mantém processo do impeachment. / Foto: José Maria Barros

<div align="justify">O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ignorou a <a target="_blank" href="http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,maranhao-divulga-nota-anulando-sessao-do-impeachment,10000049932">decis&atilde;o do presidente interino da C&acirc;mara, Waldir Maranh&atilde;o (PMDB-MA), de anular a vota&ccedil;&atilde;o dos deputados</a> que, no dia 17 de abril, admitiram a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em encontro na resid&ecirc;ncia oficial do Senado nesta segunda-feira, 9, o peemedebista sinalizou a pessoas pr&oacute;ximas que n&atilde;o vai levar em conta a manifesta&ccedil;&atilde;o do presidente interino da C&acirc;mara que ordenou uma nova vota&ccedil;&atilde;o pelos deputados.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Aliados que estiveram com Renan dizem que ele foi pego de surpresa pela decis&atilde;o de Maranh&atilde;o. Mas o presidente do Senado dever&aacute; anunciar ainda nesta segunda em plen&aacute;rio que n&atilde;o h&aacute; mais como atender o recurso da Advocacia-Geral da Uni&atilde;o para voltar o caso para a C&acirc;mara porque o pedido j&aacute; foi aprovada por aquela Casa por decis&atilde;o colegiada.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Dessa forma, o presidente do Senado pretende manter a vota&ccedil;&atilde;o prevista para quarta-feira, 11, da instaura&ccedil;&atilde;o do processo contra Dilma com o consequente afastamento da petista. A partir das 16 horas, Renan deve ler a sua decis&atilde;o recha&ccedil;ando Maranh&atilde;o e confirmando a vota&ccedil;&atilde;o em desfavor da presidente para daqui a dois dias.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Renan chamou &agrave; resid&ecirc;ncia oficial o secret&aacute;rio-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, para discutir os termos da decis&atilde;o que ele ler&aacute; em plen&aacute;rio. &ldquo;O Maranh&atilde;o perdeu o ju&iacute;zo e o Renan restabeleceu-o&rdquo;, disse um aliado direto de Renan que o visitou mais cedo.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Lira.</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ao chegar para o encontro, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que &eacute; presidente da Comiss&atilde;o Especial do Impeachment no Senado, garantiu que &quot;n&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o jur&iacute;dica&quot; para que o processo de impeachment n&atilde;o siga transcorrendo normalmente. &quot;A decis&atilde;o da C&acirc;mara foi equivocada, pois a sess&atilde;o de admissibilidade seguiu rigorosamente o rito determinado pelo Supremo&quot;, disse.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ele afirmou, ainda, que Cunha, naquela ocasi&atilde;o, &quot;gozava de todas as atribui&ccedil;&otilde;es constitucionais como presidente da C&acirc;mara&quot;. &quot;Foi uma decis&atilde;o que tumultou o Pa&iacute;s, a economia brasileira e o processo pol&iacute;tico. N&atilde;o foi bom para o Brasil&quot;, criticou.</div> <div align="justify">Lira esclareceu que n&atilde;o foi ele, na condi&ccedil;&atilde;o de presidente da comiss&atilde;o especial, quem solicitou consulta &agrave; C&acirc;mara. &quot;Apenas encaminhei solicita&ccedil;&atilde;o da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para o senador, a decis&atilde;o de Waldir Maranh&atilde;o de anular o processo &quot;n&atilde;o tem efic&aacute;cia&quot; e que a tramita&ccedil;&atilde;o &quot;pertence totalmente ao &acirc;mbito do Senado&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Depois de Lira, o l&iacute;der do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PR), tamb&eacute;m chegou &agrave; resid&ecirc;ncia oficial, mas n&atilde;o se manifestou. Devem estar presentes tamb&eacute;m o secret&aacute;rio-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando de Melo, e o l&iacute;der do DEM na Casa, Ronaldo Caiado (GO).</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Segue o rito</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo apurou o <strong>Estado</strong>, Renan foi aconselhado por aliados a prosseguir com o processo de impeachment na Casa e &quot;ignorar&quot; a decis&atilde;o tomada por Maranh&atilde;o.</div> <div align="justify"> <p>Um interlocutor disse a Renan que o melhor &eacute; seguir com o rito no Senado por entender que a C&acirc;mara j&aacute; tomou sua decis&atilde;o, pelo plen&aacute;rio da Casa, pela admiss&atilde;o da abertura do processo. Essa pessoa pr&oacute;xima a Renan disse que os argumentos usados por Maranh&atilde;o para invalidar a vota&ccedil;&atilde;o j&aacute; foram superados.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Por isso, disse esse interlocutor, o Senado tem que manter a leitura, nesta segunda, do parecer aprovado pela comiss&atilde;o especial na &uacute;ltima sexta-feira e, em ato cont&iacute;nuo, votar o afastamento de Dilma na quarta-feira, 11, seguindo os dois dias de prazo regimental para realizar a vota&ccedil;&atilde;o em plen&aacute;rio.</div>
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