Mônica Moura confessa caixa 2 em campanha à reeleição de Dilma

Mônica Moura confessa caixa 2 em campanha à reeleição de Dilma

Mulher de marqueteiro do PT confirma caixa dois na campanha de Dilma. / Foto: Reprodução.

<div align="justify">O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES, Guido Mantega, intermediou o pagamento de caixa 2 para a campanha pela reelei&ccedil;&atilde;o de Dilma Rousseff em 2014, segundo a mulher do marqueteiro Jo&atilde;o Santana, Monica Moura. Em relato a procuradores federais de Bras&iacute;lia para tentar fechar acordo de colabora&ccedil;&atilde;o premiada, Monica contou que Mantega se reuniu com ela e indicou, mais de uma vez, executivos de empresas que deveriam ser procurados para ela receber contribui&ccedil;&otilde;es em dinheiro, que n&atilde;o passaram por contas oficiais do PT e, por isso, n&atilde;o foram declaradas &agrave; Justi&ccedil;a Eleitoral.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Mantega reconhece ter se encontrado com M&ocirc;nica, mas nega a acusa&ccedil;&atilde;o. <a target="_blank" href="http://oglobo.globo.com/brasil/advogado-de-mantega-diz-que-conclusoes-nao-tem-base-empirica-19138238"><span>O coordenador jur&iacute;dico da campanha de Dilma Rousseff, Fl&aacute;vio Caetano, negou ter havido caixa 2 na campanha pela reelei&ccedil;&atilde;o da presidente e tamb&eacute;m que Mantega tenha solicitado a empres&aacute;rios valores para campanha.</span></a></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">S&oacute;cia em empresas e bra&ccedil;o direito do marqueteiro petista, ela disse ter registrado em uma agenda, que n&atilde;o foi apreendida pela PF, detalhes dos encontros mantidos em hot&eacute;is e restaurantes de S&atilde;o Paulo com interlocutores dos executivos indicados por Mantega, com o intuito de recolher as contribui&ccedil;&otilde;es, que eram entregues em malas de dinheiro.</div> <div align="justify">Ao GLOBO, o advogado de Mantega, Jos&eacute; Roberto Batochio, reconheceu que o ex-ministro teve encontros privados com Monica Moura, mas negou que tenham tratado de log&iacute;stica de pagamento de caixa 2 de campanha.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;Foram duas ou tr&ecirc;s conversas, jamais no minist&eacute;rio (da Fazenda). Se ele conversou com Monica em algum momento, foi somente quando indagado sobre dados t&eacute;cnicos e econ&ocirc;micos para elabora&ccedil;&atilde;o de produtos de comunica&ccedil;&atilde;o para a campanha. Quem tratava de recursos era o tesoureiro &mdash; afirmou o defensor do ministro, para quem a acusa&ccedil;&atilde;o &eacute; um &quot;rotundo equ&iacute;voco&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">As investiga&ccedil;&otilde;es apontam que Monica, no entanto, cuidava de assuntos administrativos e financeiros do casal. Perguntado se outras pessoas participaram dos encontros, o defensor informou que preferia n&atilde;o se manifestar.</div> <div>&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo Monica, a Odebrecht pagou R$ 4 milh&otilde;es em dinheiro para a campanha de Dilma em 2014, n&atilde;o registrados nas contas oficiais de campanha. Os valores teriam sido entregues diretamente para ela e usados para pagar fornecedores na &aacute;rea de comunica&ccedil;&atilde;o. Ela afirma poder indicar, tamb&eacute;m, as empresas respons&aacute;veis pelos outros R$ 6 milh&otilde;es recebidos por ela e usados para o mesmo fim.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os dados trazidos por Monica d&atilde;o novo sentido a anota&ccedil;&otilde;es do celular do executivo Marcelo Odebrecht citadas em relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal (PF) localizado pelo GLOBO. Produzido em junho do ano passado, o documento mostra que em uma nota o empres&aacute;rio registrou a sigla &ldquo;GM&rdquo; ao lado de um n&uacute;mero de celular. Quando a reportagem ligou para o telefone, Mantega atendeu. Ao lado da sigla tamb&eacute;m est&aacute; &agrave; mensagem &ldquo;Pedido espec&iacute;fico, blindagem JEC&rdquo;, que a PF diz n&atilde;o saber o significado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No relat&oacute;rio da PF, os peritos escrevem que a sigla GM &ldquo;pertence, possivelmente, a Guido Mantega&rdquo;. Os agentes escreveram considerar a anota&ccedil;&atilde;o &ldquo;27M&rdquo; uma refer&ecirc;ncia a pagamentos de R$ 27 milh&otilde;es. Pela hip&oacute;tese levantada pela PF, a anota&ccedil;&atilde;o associaria Mantega a um pagamento de pelo menos R$ 25 milh&otilde;es por parte da Odebrecht (R$ 4 milh&otilde;es at&eacute; outubro e &ldquo;depois&rdquo;, R$ 21 milh&otilde;es).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em outras mensagens, o pr&oacute;prio executivo, que assinava e-mails com a sigla MO, assume poss&iacute;vel participa&ccedil;&atilde;o na tratativa de contabilidade paralela de campanha.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Campanhas incluindo caixa 2 se houver, era s&oacute; com MO, que n&atilde;o aceitava vincula&ccedil;&atilde;o&quot;, escreveu em trecho onde sugere uma poss&iacute;vel linha para dela&ccedil;&atilde;o de seus executivos. Em outra nota, ele registrou: &quot;liberar para feira pois meu pessoal n&atilde;o fica sabendo&quot;. Segundo a for&ccedil;a-tarefa, &quot;feira&quot; &eacute; uma men&ccedil;&atilde;o a dinheiro que tinha como destinat&aacute;rio final o casal Jo&atilde;o Santana e Monica Moura.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">No primeiro depoimento prestado &agrave; PF, logo depois de ser presa, em 24 de fevereiro, Monica Moura negou ter recebido caixa 2 por campanhas do Brasil, mas admitiu conhecer Fernando Migliaccio, executivo da Odebrecht que cuidava da &aacute;rea respons&aacute;vel por realizar pagamentos de propina na empreiteira. Migliaccio foi preso na Su&iacute;&ccedil;a quando tentava resgatar recursos em uma conta de banco no pa&iacute;s.</p>
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