Lula é investigado em mais um escândalo de corrupção

Lula é investigado em mais um escândalo de corrupção

Lula se envolve em mais um escândalo de corrupção. / Foto: reprodução.

<div align="justify">Ap&oacute;s a era petista no poder ser enterrada com o impeachment de Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula ter&aacute; de lidar com alguns cad&aacute;veres insepultos. Al&eacute;m de ter se tornado r&eacute;u e indiciado no petrol&atilde;o, Lula agora ser&aacute; investigado pelo ressurreto mensal&atilde;o. O ex-presidente foi acusado na dela&ccedil;&atilde;o do ex-senador Delc&iacute;dio do Amaral de ter feito parte de um esquema armado para comprar o sil&ecirc;ncio do empres&aacute;rio Marcos Val&eacute;rio, operador do esquema de subornos descoberto em 2005. Esse cap&iacute;tulo da colabora&ccedil;&atilde;o do ex-parlamentar ter&aacute; novos desdobramentos nos pr&oacute;ximos meses.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O ministro Teori Zavascki, relator da Opera&ccedil;&atilde;o Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o caso seja enviado &agrave; Justi&ccedil;a Federal no Distrito Federal, para a apura&ccedil;&atilde;o dos fatos, e compartilhado com o inqu&eacute;rito em andamento na Corte apelidado de &ldquo;quadrilh&atilde;o&rdquo;, que escarafuncha todo o esquema de corrup&ccedil;&atilde;o na Petrobras. Essa &eacute; a primeira vez em que o petrol&atilde;o se encontra com o mensal&atilde;o numa mesma investiga&ccedil;&atilde;o, tendo como elo Lula e o PT.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Teori atendeu a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR). Em peti&ccedil;&atilde;o enviada ao STF, os investigadores da Lava-Jato solicitaram a apura&ccedil;&atilde;o do relato feito por Delc&iacute;dio que se refere &agrave; &ldquo;participa&ccedil;&atilde;o de personagens centrais do Partido dos Trabalhadores, entre os quais o ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, o ex-ministro Antonio Palocci e Paulo Okamotto, nas tratativas voltadas ao pagamento de valores il&iacute;citos para manter o sil&ecirc;ncio de Marcos Val&eacute;rio no denominado caso do &lsquo;mensal&atilde;o&rsquo;&rdquo;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O ex-senador contou que, quando presidia a CPI dos Correios entre 2005 e 2006, foi procurado por Val&eacute;rio. Naquela ocasi&atilde;o, o operador do mensal&atilde;o amea&ccedil;ava entregar o PT se o partido n&atilde;o pagasse uma d&iacute;vida de 220 milh&otilde;es de reais, referente aos recursos utilizados para comprar o apoio de parlamentares durante o governo Lula. O assunto, que j&aacute; era de conhecimento de Paulo Okamotto, bra&ccedil;o-direito do ex-presidente, foi levado por Delc&iacute;dio at&eacute; Lula, que ficou transtornado. Alguns dias depois, de acordo com Delc&iacute;dio, Palocci entrou em contato e disse que iria resolver o imbr&oacute;glio. O ex-senador ainda relata que ouviu dizer que as empreiteiras do petrol&atilde;o ajudaram a comprar o sil&ecirc;ncio de Val&eacute;rio.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O ex-presidente tamb&eacute;m est&aacute; sendo investigado em outra frente do mensal&atilde;o. Os procuradores da Lava-Jato em Bras&iacute;lia est&atilde;o apurando as acusa&ccedil;&otilde;es feitas por Marcos Val&eacute;rio num depoimento prestado ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal em setembro de 2012. Naquela &eacute;poca, o ent&atilde;o empres&aacute;rio, condenado a 37 anos de pris&atilde;o, chegou a negociar uma dela&ccedil;&atilde;o, mas acabou recuando do acordo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo o operador do mensal&atilde;o, a empresa Portugal Telecom saldou uma d&iacute;vida de 7 milh&otilde;es de d&oacute;lares de campanhas do PT. A transa&ccedil;&atilde;o foi realizada no exterior por meio de fornecedores da companhia de telecomunica&ccedil;&atilde;o sediados em Macau. Como prova, Val&eacute;rio entregou quatro folhas com dados de contas banc&aacute;rias fora do Brasil, que teriam sido utilizadas pelo PT para quitar despesas das elei&ccedil;&otilde;es de 2002 e 2004.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A Pol&iacute;cia Federal e o MPF instauraram um inqu&eacute;rito para checar as acusa&ccedil;&otilde;es feitas por Val&eacute;rio, que se recusou a prestar novas informa&ccedil;&otilde;es. Ap&oacute;s tr&ecirc;s anos, conclu&iacute;ram que seria invi&aacute;vel avan&ccedil;ar nas pistas dadas pelo empres&aacute;rio, pois os fatos eram antigos &ndash; e pediram o arquivamento das investiga&ccedil;&otilde;es. No entanto, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10&ordf; Vara federal em Bras&iacute;lia, determinou que o caso fosse retomado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com o magistrado, h&aacute; contradi&ccedil;&otilde;es nos depoimentos dos suspeitos e algumas d&uacute;vidas que ainda precisam ser esclarecidas. Por isso, determinou uma s&eacute;rie de novas dilig&ecirc;ncias. O processo foi direcionado aos procuradores do grupo de trabalho da Lava-Jato, que devem utilizar as informa&ccedil;&otilde;es levantadas ao longo do inqu&eacute;rito para aprofundar as investiga&ccedil;&otilde;es sobre a conex&atilde;o entre o petrol&atilde;o e o mensal&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No pr&oacute;ximo dia 12 de setembro, Marcos Val&eacute;rio dever&aacute; prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, respons&aacute;vel pelos processos da Lava-Jato em Curitiba. O operador do mensal&atilde;o ser&aacute; questionado sobre o empr&eacute;stimo de 12 milh&otilde;es de reais feito entre o pecuarista Jos&eacute; Carlos Bumlai, amigo de Lula, e o banco Schahin.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">Segundo o pr&oacute;prio Val&eacute;rio declarou ao MPF em 2012, uma parte dos recursos foi utilizada para comprar o sil&ecirc;ncio de Ronan Maria Pinto, empres&aacute;rio que amea&ccedil;ava envolver dirigentes do PT com o assassinato do prefeito de Santo Andr&eacute; Celso Daniel, em janeiro de 2002. Investigadores da Lava-Jato acreditam que, de um jeito ou de outro, todos esses esquemas estejam relacionados entre si &mdash; e sob o comando de Lula, que nega as acusa&ccedil;&otilde;es.</p>
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