Lava Jato pede bloqueio de R$ 87 milhões de Lula

Lava Jato pede bloqueio de R$ 87 milhões de Lula

Lula é acusado pelo MPF de comandar o Petrolão. / Foto: Reprodução

<div align="justify">A for&ccedil;a-tarefa da Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato requereu o bloqueio de R$ 87 milh&otilde;es dos denunciados na a&ccedil;&atilde;o penal que tem o ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva como alvo central do esquema de corrup&ccedil;&atilde;o na Petrobras.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Foi pedido ainda o ressarcimento de outros R$ 87 milh&otilde;es. O petista e sua mulher, Marisa Let&iacute;cia, s&atilde;o acusados formalmente pelos crimes de corrup&ccedil;&atilde;o passiva e lavagem de dinheiro. Eles teriam recebido R$ 3,7 milh&otilde;es em propinas da empreiteira OAS por meio da reforma e compra de equipamentos para o tr&iacute;plex do Edif&iacute;cio Solaris, no Guaruj&aacute;, litoral paulista, e no custeio do armazenamento de bens de Lula depois que ele deixou a Presid&ecirc;ncia.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O procurador da Rep&uacute;blica Roberson Pozzobon, da equipe da Lava Jato, afirmou que a aquisi&ccedil;&atilde;o, a reforma e a decora&ccedil;&atilde;o do im&oacute;vel configuraram lavagem &ldquo;de dinheiro sujo&rdquo; obtido pela OAS em contratos fraudados da Petrobras e repassados para Lula &ndash; apontado como &ldquo;general&rdquo; do esquema.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para a Lava Jato, Lula &eacute; o dono do tr&iacute;plex, apesar de n&atilde;o estar em seu nome &ndash; e sim em nome da OAS. &ldquo;&Eacute; uma forma de oculta&ccedil;&atilde;o e dissimula&ccedil;&atilde;o da verdadeira propriedade.&rdquo;&nbsp;O tr&iacute;plex recebeu obras avaliadas em R$ 777 mil, mobili&aacute;rio no total de R$ 320 mil e eletrodom&eacute;sticos no valor de R$ 19 mil.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Houve ainda pagamentos do custeio do armazenamento de bens do ex-presidente pela empresa Granero. Desde 2011, quando ele deixou o Pal&aacute;cio do Planalto, a empreiteira teria pago cerca de R$ 1,3 milh&atilde;o pela guarda do material.&nbsp;A den&uacute;ncia contra Lula aponta que as propinas pagas pela OAS tratam de tr&ecirc;s contratos da empreiteira com a Petrobras, nas obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Repar, no Paran&aacute;. O montante de corrup&ccedil;&atilde;o nesses tr&ecirc;s contratos alcan&ccedil;ou R$ 87 milh&otilde;es.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Na den&uacute;ncia, a for&ccedil;a-tarefa aponta que o esquema tinha tr&ecirc;s objetivos:&nbsp;governabilidade corrompida, perpetua&ccedil;&atilde;o criminosa do PT no poder e enriquecimento il&iacute;cito.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os crimes imputados ao ex-presidente trata do suposto enriquecimento da fam&iacute;lia.&nbsp;&ldquo;A Lava Jato chega ao topo de comando do esquema&rdquo;, afirmou o coordenador da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol.&nbsp;O Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal atribui a Lula o comando &ldquo;m&aacute;ximo do esquema de corrup&ccedil;&atilde;o&rdquo; na Petrobras e em outros &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos.&nbsp;O procurador chamou Lula de &ldquo;general do esquema de corrup&ccedil;&atilde;o&rdquo; que fatiava obras na Petrobras.&nbsp;&ldquo;N&atilde;o estamos julgando quem Lula foi como pessoa. N&atilde;o estamos julgando o que ele fez para o povo. Imputamos crimes de corrup&ccedil;&atilde;o e lavagem de dinheiro.&rdquo;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Lula foi apontado como &ldquo;general&rdquo; do esquema de cartel e corrup&ccedil;&atilde;o sistematizado no governo, para al&eacute;m da Petrobras, e maior benefici&aacute;rio do esquema que tinha como objetivo, segundo o Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, a governabilidade, a perpetua&ccedil;&atilde;o no poder e o enriquecimento il&iacute;cito.&nbsp;Al&eacute;m de Lula e Marisa foram denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS Jos&eacute; Adelm&aacute;rio Pinheiro, o L&eacute;o Pinheiro, e outras quatro pessoas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Lula foi alvo de condu&ccedil;&atilde;o coercitiva no dia 4 de mar&ccedil;o, quando foi deflagrada a 24&ordf; fase da Lava Jato, batizada de Opera&ccedil;&atilde;o Aletheia.&nbsp;Na ocasi&atilde;o, ele negou conhecer o engenheiro da OAS Paulo Gordilho, que teria participado da reforma da cozinha do tr&iacute;plex e de outra propriedade que investigadores atribuem a Lula, o s&iacute;tio Santa B&aacute;rbara, em Atibaia (SP).&nbsp;A defesa do ex-presidente nega que ele seja o dono e recha&ccedil;a qualquer recebimento de propina ou pr&aacute;tica de il&iacute;citos por Lula e seus familiares.</div>
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