Supremo torna senadora do PT Gleisi Hoffman e o marido réus

Supremo torna senadora do PT Gleisi Hoffman e o marido réus

Casal é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. / Foto: Reprodução

<div align="justify">A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta por cinco ministros, aceitou por unanimidade nesta ter&ccedil;a-feira (27) den&uacute;ncia apresentada pela Procuradoria Geral da Rep&uacute;blica (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, na Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O STF tamb&eacute;m aceitou a den&uacute;ncia contra o empres&aacute;rio Ernesto Kugler Rodrigues, ligado ao casal. Com isso, os tr&ecirc;s passam &agrave; condi&ccedil;&atilde;o de r&eacute;us no processo. Eles s&atilde;o acusados pelos crimes de corrup&ccedil;&atilde;o passiva e lavagem de dinheiro.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Gleisi &eacute; a primeira senadora a se tornar r&eacute; na Lava Jato. Como o processo n&atilde;o foi desmembrado, todos os tr&ecirc;s responder&atilde;o ao processo no Supremo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, foi o primeiro a votar pelo recebimento da den&uacute;ncia. Ele foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.</div> <div align="justify">Com a den&uacute;ncia aceita pelo STF, inicia-se a fase de coleta de provas e depoimentos de testemunhas de defesa e acusa&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo a acusa&ccedil;&atilde;o, os tr&ecirc;s, &quot;agindo de modo livre, consciente e volunt&aacute;rio&rdquo;, pediram e receberam R$ 1 milh&atilde;o desviados do esquema de corrup&ccedil;&atilde;o que atuava na Petrobras.</div> <div align="justify"><br /> O dinheiro teria sido direcionado para campanha eleitoral de Gleisi em quatro parcelas de R$ 250 mil.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O dinheiro teria sido direcionado para campanha eleitoral de Gleisi em quatro parcelas de R$ 250 mil.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O repasse teria sido realizado, segundo a PGR, atrav&eacute;s de empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef contratadas pela Petrobras a firmas de Rodrigues.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ainda segundo a PGR, os recursos foram liberados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, cujo objetivo seria obter apoio pol&iacute;tico de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo para se manter no cargo.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Defesas</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Na sess&atilde;o, o advogado de Gleisi, Rodrigo Mudrovitch, negou os crimes e apontou supostas diverg&ecirc;ncias entre as declara&ccedil;&otilde;es de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef nas dela&ccedil;&otilde;es premiadas, especialmente em rela&ccedil;&atilde;o ao modo como o dinheiro teria sido repassado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;O colaborador premiado n&atilde;o s&oacute; fala algo discrepante do que outro colaborador diz, mas tamb&eacute;m se d&aacute; ao luxo de mudar de ideia. E pode mudar de ideia novamente ao longo do processo&rdquo;, disse o advogado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Defensora de Paulo Bernardo, Ver&ocirc;nica Sterman tamb&eacute;m rebateu a acusa&ccedil;&atilde;o, alegando que n&atilde;o teria sido provada interfer&ecirc;ncia de Paulo Bernardo para manter Paulo Roberto no cargo de diretor na Petrobras.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Os dois colaboradores negam terem recebido qualquer solicita&ccedil;&atilde;o. Se Paulo Bernardo n&atilde;o falou nem com um nem com outro, como pode a PGR t&ecirc;-lo denunciado por corrup&ccedil;&atilde;o?&rdquo;, disse a advogada na tribuna.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em nome de Rodrigues, o advogado Jos&eacute; Carlos Garcia negou participa&ccedil;&atilde;o do empres&aacute;rio nos crimes. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; descri&ccedil;&atilde;o de participa&ccedil;&atilde;o do fato do autor. N&atilde;o traz uma linha no sentido de dizer que interferiu no recebimento de propinas na Petrobras&rdquo;, afirmou.</div>
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