Moro aceita denúncia e Lula se torna réu pela 4ª vez na Lava jato

Moro aceita denúncia e Lula se torna réu pela 4ª vez na Lava jato

Lula se torna réu pela quarta vez na operação Lava jato. / Foto: Reprodução

<div align="justify">O juiz federal S&eacute;rgio Moro, respons&aacute;vel pelos processos da Lava Jato na primeira inst&acirc;ncia, aceitou a den&uacute;ncia do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF) contra o ex-presidente da Rep&uacute;blica Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) e mais sete pessoas na Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato. Com isso, eles se tornam r&eacute;us no processo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A den&uacute;ncia do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF) foi apresentada &agrave; Justi&ccedil;a Federal do Paran&aacute; na quarta-feira (15) e envolve a compra de um terreno para a constru&ccedil;&atilde;o da nova sede do Instituto Lula e um im&oacute;vel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em S&atilde;o Bernardo do Campo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;&quot;Quanto ao apartamento 121 ocupado pelo ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, consta, em cogni&ccedil;&atilde;o sum&aacute;ria, prova de que o custo para aquisi&ccedil;&atilde;o em 2010 foi suportado pela Construtora Norberto Odebrecht, que n&atilde;o h&aacute; prova documental do pagamento de alugu&eacute;is entre 2011 a 2015, que o locador apresentou explica&ccedil;&otilde;es contradit&oacute;rias sobre o recebimento dos alugu&eacute;is e que s&atilde;o inconsistentes com as declara&ccedil;&otilde;es de advogado que, segundo o locador, teria recebido parte dos alugu&eacute;is&quot;, disse Moro ao aceitar a den&uacute;ncia.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Esta &eacute; a quarta den&uacute;ncia contra Lula em processos relacionados &agrave; Lava Jato. Nos outros tr&ecirc;s, a Justi&ccedil;a aceitou o pedido do MPF e transformou o ex-presidente em r&eacute;u. Al&eacute;m disso, ele &eacute; alvo de uma quinta den&uacute;ncia relacionada &agrave; Opera&ccedil;&atilde;o Zelotes.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Veja quem se tornou r&eacute;u no processo:&nbsp;</strong><br /> 1) Ant&ocirc;nio Palocci Filho;<br /> 2) Branislav Kontic;<br /> 3) Demerval de Souza Gusm&atilde;o Filho;<br /> 4) Glaucos da Costamarques;<br /> 5) Luiz In&aacute;cio Lula da Silva;<br /> 6) Marcelo Bahia Odebrecht;<br /> 7) Marisa Let&iacute;cia Lula da Silva; e<br /> 8) Roberto Teixeira</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Moro n&atilde;o se manifestou no processo sobre Paulo Ricardo Baqueiro de Melo, denunciado pelo MPF por lavagem de dinheiro. A imprensa tenta contato com a defesa dos envolvidos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ao acatar a den&uacute;ncia dos procuradores, o juiz determinou o sequestro do m&oacute;vel vizinho ao apartamento do ex-presidente. &quot;Embora o im&oacute;vel esteja em nome de seus antigos propriet&aacute;rios, Augusto Moreira Campos e Elenice Silva Campos (que n&atilde;o tem qualquer rela&ccedil;&atilde;o com o il&iacute;cito), h&aacute;, como acima exposto, ind&iacute;cios de que pertence de fato ao ex-Presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a den&uacute;ncia, como propina do Grupo Odebrecht&rdquo;, declarou S&eacute;rgio Moro.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Moro tamb&eacute;m declarou na decis&atilde;o que ao aceitar a den&uacute;ncia n&atilde;o significa um ju&iacute;zo conclusivo quanto &agrave; presen&ccedil;a da responsabilidade criminal. &quot;Tais ressalvas s&atilde;o oportunas pois n&atilde;o ignora o julgador que, entre os acusados, encontra-se ex-Presidente da Rep&uacute;blica, com o que a propositura da den&uacute;ncia e o seu recebimento podem dar azo a celeumas de toda a esp&eacute;cie&quot;, especificou.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O juiz disse ainda que h&aacute; ind&iacute;cios, em cogni&ccedil;&atilde;o sum&aacute;ria, de que agentes do Partido dos Trabalhadores possu&iacute;am junto ao Grupo Odebrecht uma esp&eacute;cie de &quot;conta-corrente&quot; informal da corrup&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Quando foram indiciados, os acusados responderam</strong></div> <div align="justify"><br /> A Odebrecht informou que n&atilde;o vai se manifestar sobre o assunto, mas que reafirma o compromisso de colaborar com a Justi&ccedil;a. &quot;A empresa est&aacute; implantando as melhores pr&aacute;ticas de compliance, baseadas na &eacute;tica, transpar&ecirc;ncia e integridade&quot;, diz um techo da nota.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O Instituto Lula tamb&eacute;m se manifestou por meio de nota: &quot;A den&uacute;ncia repete maluquices da coletiva do Power Point, atropela a compet&ecirc;ncia do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica ao fazer conclus&otilde;es precipitadas sobre inqu&eacute;rito inconcluso na PGR (...)&quot;.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em uma longa nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que fala pela defesa de Lula, Marisa Let&iacute;cia e do advogado Roberto Teixeira, criticou duramente a den&uacute;ncia apresentada pelo MPF nesta quinta-feira. Martins classificou a den&uacute;ncia como &quot;pe&ccedil;a de fic&ccedil;&atilde;o&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;A inclus&atilde;o do advogado Roberto Teixeira nessa nova den&uacute;ncia &eacute; a prova cabal de que a Lava Jato quer fragilizar a defesa de Lula e de seus familiares ap&oacute;s constatar que n&atilde;o possui provas para sustentar as acusa&ccedil;&otilde;es j&aacute; formuladas e as suspeitas lan&ccedil;adas contra o ex-Presidente&quot;, escreveu o advogado.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A defesa de Palocci e de Branislav Kontic disse, por meio de nota, que esta den&uacute;ncia multiplica &quot;factoides que n&atilde;o t&ecirc;m qualquer respaldo na realidade para, a partir deles, se instaurarem inqu&eacute;ritos e subsequentes a&ccedil;&otilde;es penais&quot;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>A den&uacute;ncia do MPF</strong></div> <div align="justify"><br /> Segundo o MPF, a Construtora Norberto Odebrecht pagou propina a Lula via aquisi&ccedil;&atilde;o do im&oacute;vel onde funciona o Instituto Lula, em S&atilde;o Paulo. O valor, at&eacute; novembro de 2012, foi de R$ 12.422.000, afirmam os procuradores. Segundo a for&ccedil;a-tarefa a Lava Jato, o valor consta em anota&ccedil;&otilde;es de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas durante as investiga&ccedil;&otilde;es e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A den&uacute;ncia afirma tamb&eacute;m que o ex-presidente recebeu, como vantagem indevida, a cobertura vizinha &agrave; resid&ecirc;ncia onde vive em S&atilde;o Bernardo do Campo, interior de S&atilde;o Paulo. De acordo com o MPF, foram usados R$ 504 mil para a compra do im&oacute;vel.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Este segundo apartamento foi adquirido no nome de Glaucos da Costamarques, que teria atuado como testa de ferro de Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, em transa&ccedil;&atilde;o que tamb&eacute;m foi concebida por Roberto Teixeira, em nova opera&ccedil;&atilde;o de lavagem de dinheiro, conforme a den&uacute;ncia. Os procuradores afirmam que, na tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Let&iacute;cia chegou a assinar contrato fict&iacute;cio de loca&ccedil;&atilde;o com Glaucos da Costamarques.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O MPF pediu &agrave; Justi&ccedil;a o perdimento do produto e proveito do crime no valor de R$ 75.434.399,44. A for&ccedil;a-tarefa da Lava Jato afirma que o montante ao valor total da porcentagem da propina paga pela Odebrecht em raz&atilde;o das contrata&ccedil;&otilde;es dos Cons&oacute;rcios citados na den&uacute;ncia.</div> <p align="justify">&nbsp;</p>
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