Governo libera saque integral de contas inativas do FGTS

Governo libera saque integral de contas inativas do FGTS

Anúncio da medida foi feito durante entrevisa coletiva do presidente Michel Temer. / Foto: Reprodução

<div align="justify">O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira a permiss&atilde;o para os trabalhadores poderem sacar recursos integrais de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Servi&ccedil;o (FGTS) &mdash; at&eacute; ent&atilde;o, cogitava-se um limite de cerca de R$ 1 mil. A medida vai beneficiar 10,2 milh&otilde;es de trabalhadores.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo o presidente, que participou de caf&eacute; da manh&atilde; com jornalistas em Bras&iacute;lia, cerca de 86% das contas inativas do FGTS t&ecirc;m saldo inferior a um sal&aacute;rio m&iacute;nimo (R$ 880).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Temer disse que o valor que poder&aacute; ser sacado deve alcan&ccedil;ar R$ 30 bilh&otilde;es, o que vai possibilitar uma inje&ccedil;&atilde;o de recursos que vai movimentar a economia brasileira. O montante vai representar cerca de 0,5% do PIB, segundo c&aacute;lculos do Planejamento. Ele ainda acrescentou que essa medida &eacute; importante para recompor a renda dos trabalhadores no momento atual dif&iacute;cil da economia.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Temer frisou que a medida n&atilde;o vai por em risco os recursos do FGTS para os programas de saneamento e habita&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Atualmente, o trabalhador s&oacute; pode sacar o saldo de suas contas inativas - que &eacute; criada quando ele sai de um emprego e vai para outro - quando se aposenta ou para comprar um im&oacute;vel. H&aacute; tamb&eacute;m uma possibilidade de movimentar essa conta se a pessoa ficar 3 anos desempregado.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Juros</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Temer tamb&eacute;m deu mais detalhes sobre a redu&ccedil;&atilde;o dos juros no cart&atilde;o de cr&eacute;dito, que j&aacute; havia sido citada na divulga&ccedil;&atilde;o do pacote microecon&ocirc;mico na semana passada. Segundo ele, as mudan&ccedil;as no cart&atilde;o de cr&eacute;dito acontecer&atilde;o em duas op&ccedil;&otilde;es: a redu&ccedil;&atilde;o dos juros do rotativo do cart&atilde;o para a metade do que &eacute; cobrado hoje ou ainda menores para o parcelamento da d&iacute;vida com o cart&atilde;o de cr&eacute;dito.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O presidente ainda confirmou que vai anunciar ainda nesta quinta, em reuni&atilde;o com sindicalistas e representantes de empresas, propostas de moderniza&ccedil;&atilde;o da legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista. Segundo ele, os dois grupos participaram da elabora&ccedil;&atilde;o das altera&ccedil;&otilde;es nas leis trabalhistas. Ele explicou que o Programa de Seguro-Emprego (PSE) ser&aacute; criado por medida provis&oacute;ria, uma vez que o Programa de Prote&ccedil;&atilde;o ao Emprego (PPE) termina dia 31 de dezembro. J&aacute; as outras partes da reforma ser&atilde;o enviadas por projeto de lei pelo Congresso.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Reforma trabalhista</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O presidente afirmou tamb&eacute;m que far&aacute;, ap&oacute;s o caf&eacute; da manh&atilde; com os jornalistas, um an&uacute;ncio sobre propostas do governo para mudan&ccedil;as na legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Convido a todos para, logo mais, estejamos no Pal&aacute;cio do Planalto para anunciar a moderniza&ccedil;&atilde;o da legisla&ccedil;&atilde;o do trabalho, com uma caracter&iacute;stica muito importante que deve ser ressaltada, a de que presentes dever&atilde;o estar n&atilde;o s&oacute; representantes das centrais sindicais como representantes dos empregadores, representantes de federa&ccedil;&otilde;es. Isso tudo foi muito bem negociado pelo Minist&eacute;rio do Trabalho no sentido de fazer uma composi&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o desagradasse fundamentalmente nem trabalhadores, nem empregadores&quot;, disse o presidente.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Antes de come&ccedil;ar a responder perguntas de jornalistas presentes no caf&eacute;, Temer fez um balan&ccedil;o dos sete meses que est&aacute; &agrave; frente da Presid&ecirc;ncia.<br /> Durante a fala, Temer destacou o fato de ter aprovado no Congresso, com o que ele chamou de &quot;apoio extraordin&aacute;rio&quot;, medidas propostas pela equipe econ&ocirc;mica para conter a crise.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ele afirmou que um dos primeiros atos de seu governo foi detectar e revisar a meta fiscal para 2016. Em maio, ainda durante o per&iacute;odo em que Temer era interino, o Congresso aprovou projeto de lei que reduziu a meta e autorizou o governo a fechar um ano com um d&eacute;ficit de at&eacute; R$ 170,5 bilh&otilde;es - a previs&atilde;o do governo Dilma Rousseff era de d&eacute;ficit de R$ 96 bilh&otilde;es.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Logo depois, o presidente falou sobre a Proposta de Emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o (PEC) que estabeleceu um teto para os gastos p&uacute;blicos pelos pr&oacute;ximos 20 anos. O texto foi duramente criticado por partidos de oposi&ccedil;&atilde;o e centro de pol&ecirc;mica nos &uacute;ltimos meses.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Para n&oacute;s todos [...] seria muito confort&aacute;vel passar esses dois anos e pouco na Presid&ecirc;ncia sem mexer nesses temas pol&ecirc;micos, como aparentemente era com o teto de gastos p&uacute;blicos. Mas houve uma compreens&atilde;o t&atilde;o ressaltada da necessidade de conter os gastos p&uacute;blicos e essa emenda constitucional foi aprovada com um qu&oacute;rum muito expressivo na C&acirc;mara dos Deputados e no Senado Federal&quot;, disse Temer.</div> <div align="justify">O presidente lembrou ainda da proposta de reforma da Previd&ecirc;ncia, enviada no &uacute;ltimo m&ecirc;s ao Congresso, que, segundo ele, foi discutida &quot;durante meses&quot; por diversos setores da sociedade. Temer disse que o Congresso Nacional &eacute; o &quot;grande palco&quot; para discutir mudan&ccedil;as importantes, como a da Previd&ecirc;ncia.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;A reforma da Previd&ecirc;ncia &eacute; um dos grandes temas nacionais. [...] Dez dias depois [de ter sido enviada]. a PEC ganhou admissibilidade na Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a. Voc&ecirc;s sabem que um tema como esse, reconhe&ccedil;o de pol&ecirc;mica, ter ganhado admissibilidade em menos de dez dias na CCJ, foi mais um dado extremamente positivo&quot;, ressaltou.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O presidente disse que haver&aacute; &quot;grandes debates&quot; sobre a reforma no Congresso e reconheceu n&atilde;o saber dizer se o texto enviado pelo governo ser&aacute; modificado pelos parlamentares.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Temer disse ainda que recebeu uma sugest&atilde;o de rotular a reforma da Previd&ecirc;ncia proposta por seu governo de &quot;Em nome do filho&quot;. &quot;Porque, na verdade, n&atilde;o vai produzir efeito nos pr&oacute;ximos dois anos, no nosso governo. Vai produzir efeito no futuro. [...] Ela garante o futuro da Previd&ecirc;ncia Social&quot;, afirmou.</div>
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