Ginasio poliesportivo abandonado há 14 anos. / Foto: Jornal de Picos
<div><strong>A</strong> falta de espaços de lazer e de entretenimento, especialmente de quadras esportivas, vem comprometendo a formação das crianças, adolescentes e jovens de Picos. A conclusão é de especialistas ouvidos pela reportagem, preocupados com a ausência de políticas públicas que possam mudar esse quadro iminente de percas humanas.</div>
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<div>O déficit de espaços públicos de lazer, de cultura e de entretenimento em Picos é uma realidade visível. Aliado a isso, está à ausência de projetos do poder municipal para que, em curto, médio ou até mesmo em longo prazo essa realidade possa ser mudada. Isso ofereceria alternativa as crianças e jovens dos bairros periféricos, evitando o envolvimento deles com a marginalidade.</div>
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<div>Segundo o professor de educação física Frank Rui Oliveira Leopoldo, desde quando foi atleta nas décadas de 70 e 80, que o município de Picos esperava dos governos municipal e estadual, uma estrutura para a prática esportiva.</div>
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<div>Entretanto, garante Frank, 30 anos depois a realidade continua a mesma. Não existem quadras esportivas e nem espaço de lazer nos bairros periféricos da cidade. As estruturas para a prática esportiva estão apenas nos clubes privados e, em alguns casos, nas escolas, dificultando o acesso dos moradores da periferia.</div>
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<div>“As conseqüências são arrasadoras, pois a ausência desses espaços pode levar os jovens a procurarem outros caminhos, como o consumo de álcool, de drogas, a prostituição e até mesmo caírem na marginalidade”, adverte o professor de Educação Física e ex-atleta Frank Rui.</div>
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<div>Comunga da mesma idéia a assistente social Liana Barbosa de Moura, lotada na secretaria municipal de Ação Social. Segundo ela, é perceptível o déficit de espaços de lazer e de entretenimento em Picos e isso é relevante, implica em vários aspectos negativos.</div>
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<div>“Levando em conta o aspecto social isso é muito grave, pois sabemos que as crianças e os jovens gostam de ter o seu espaço para brincar, jogar bola, se divertir. Um espaço onde possam interagir com o mesmo público, ter essa alternativa, mas, infelizmente em Picos somos muito carentes”, lamenta a assistente social Liana Barbosa.</div>
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<div>Na opinião de Liana Barbosa, a falta desses espaços implica em muitos fatores negativos, como, por exemplo, o envolvimento com drogas, com álcool e isso é ruim tanto para eles, as crianças e os jovens, como para a família e a sociedade de um modo geral.</div>
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<div>“Isso provoca problemas graves e são vários os exemplos de famílias destruídas por conta do envolvimento desses jovens com as drogas. Muitos abandonam a escola e ficam sem perspectivas futuras. Vejo como um assunto sério que deveria ser tratado com mais cuidado pelas autoridades”, alerta Liana Barbosa.</div>
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<div><strong>Ausência de projetos</strong></div>
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<div>Ex-servidor da secretaria municipal de Esportes e Lazer de Picos, o professor Frank Rui lembra que tentou implementar alguns projetos para mudar essa realidade vivenciada pelas crianças e jovens do município, no entanto, não obteve sucesso.</div>
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<div>“Propomos a adoção de um calendário anual com as atividades esportivas e de lazer, implantação de escolinhas de futebol, realização de campeonatos de futebol de campo e de futsal entre os bairros, com premiação para os atletas que se destacassem, mas nada disso foi aproveitado, ficou apenas na idéia”, lamenta.</div>
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<div>Se no início da gestão municipal a situação já era ruim, segundo garante o professor Frank Rui, agora no final do mandato do atual prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), o quadro parece ainda mais desolador.</div>
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<p>A reportagem procurou ouvir o secretário municipal de Esportes e Lazer Francisco de Sousa Campos, o Teleco, mas foi informada de que o mesmo fora demitido do cargo desde o mês passado. No momento, não existe ninguém na Prefeitura autorizado a falar sobre o assunto.</p>
Frank Rui Oliveira Leopoldo
Portado em 02/01/2013 às 12:46:37
Amigo desacreditado, concordo plenamente com voçê, em uma cidade sem lazer como a nossa esse empressário (s), se fizerem isso vão ganhar muito dinheiro, mais tem que se fazer igual no interior de Goiás, um parque com areia igual uma praia, com ondas artificiais, isso sim seria um empreendimento com estrutura