Professores da Uespi retornam ao trabalho
Campus da Universidade Estaduall do Piauí em Picos. / Foto: José Maria Barros
<div align="justify">A greve dos professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) foi encerrada ontem (23). A categoria decidiu, em Assembleia Geral, pela suspensão do movimento grevista e deve retornar, nesta sexta-feira (24), às salas de aula. Ao todo, foram 66 dias de greve. Os professores aguardam a divulgação do novo calendário da Uespi sobre o ano letivo 2016.</div>
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<div align="justify">Segundo a diretora financeira da Associação dos Docentes da Uespi, a professora Janete Brito, a suspensão ocorreu após a comunicação oficial da ilegalidade da greve pelo Tribunal de Justiça. </div>
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<div align="justify">“A gente suspendeu a greve e aguarda o restabelecer novo diálogo com o Governo do Estado porque boa parte da nossa pauta não foi atendida. Nós entendemos que, por conta da ilegalidade, tivemos que suspender a grave. Mas, nós esperamos que, com o retorno das atividades, o governo possa continuar dialogando sobre o nosso reajuste salarial e o pagamento do retroativo de direitos, como a promoção”, disse.</div>
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<div align="justify">A diretora também comentou que a categoria suspendeu o movimento sem acordo de reajuste salarial e o pagamento total dos retroativos, promoções, professores e mudança de nível. Ela disse ainda que o último aumento salarial ocorreu em 2013. </div>
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<div align="justify"><strong>Entenda o caso</strong></div>
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Os professores <a target="_blank" href="http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/04/professores-e-tecnicos-da-uespi-paralisam-por-tempo-indeterminado.html">deflagraram greve no dia 18 de abril</a> e 66 dias, mais de dois meses. A categoria pede a realização de um concurso público para professores, promoção e progressões, melhorias na estrutura dos campi e o pagamento dos retroativos que, segundo a Associação ainda não havia sido feito.</div>
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Segundo a organização do movimento #SOSUespi, 100% das atividades dos campi no interior do estado ficaram parados por conta da greve. A paralisação atingiu mais de 20 mil alunos da instituição.</div>
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<div align="justify">Na segunda-feira (20), <a target="_blank" href="http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/06/justica-decreta-ilegalidade-da-greve-na-uespi-que-ja-dura-dois-meses.html">o Tribunal de Justiça decretou ilegalidade</a> na greve e em descumprimento a categoria estaria passível de multa no valor de R$ 10 mil a R$ 100 mil. Mesmo assim, <a target="_blank" href="http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/06/mesmo-com-decisao-do-tj-greve-dos-professores-da-uespi-continua.html">os professores chegaram a anunciaram que a greve continuava</a>. Por conta disso, o secretário de administração, Franzé Silva, afirmou que cortaria o ponto dos professores que não voltarem às atividades após o decreto.</div>
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<div align="justify">Por diversas vezes, governo e categoria se reuniram para tentar um acordo, mas sem sucesso. Por conta da <a target="_blank" href="http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/06/docentes-da-uespi-rejeitam-proposta-e-mantem-greve-em-sete-campi.html">indecisão dos professores em não aceitar um acordo com o governo</a>, o secretário de administração, Franzé Silva, chegou a dizer que <a target="_blank" href="http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/06/governo-acusa-intransigencia-e-pede-ilegalidade-da-greve-dos-docentes.html">os docentes foram intransigentes</a>, o que motivou o pedido do estado pela ilegalidade da paralisação.</div>